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Ontem à noite, no meu já habitual momento de insônia, pensei na vida. Sim, é algo que faço com frequência, creio que muita gente faça. Enfim, lembrei do dia em que minha mãe resolveu me fazer uma surpresa e comprou uma nova camiseta do Blink-182 - pois a minha velha, estava um lixo. Realmente foi uma surpresa, pois eu nem tinha pedido. Quando ela chegou em casa, simplesmente me entregou a camiseta e pronto, somente mais tarde, ela resolveu contar sua ida à loja. Eu pensei, porque não né? Ela me comprou um presente, preciso fazer o favor de ouvir - pelo menos isso. Até que ela me contou algo do tipo: ''O dono da loja perguntou qual era a idade do garoto.'' Ela riu, e eu soltei minha incrível risada irônica, pois realmente, não é a primeira vez que isso acontece.

Durante meus quinze anos de vida, posso dizer, que já fui chamada de garoto e também comparada a um. Eu nunca me importava, e também não me importo agora. Lembro-me quando eu tinha uns seis anos e comecei a estudar, no recreio (ou intervalo) eu só brincava com os garotos, porque pra mim, as garotas eram frescas, sim, eu dizia isso com seis anos de idade. E eu brincava das mesmas coisas que eles, sempre, e detestava as meninas, como eles faziam. Mas quando completei uns nove anos, apareceu uma menina nova na escola, e ela fazia de tudo para brincar comigo, até que acabei cedendo e depois comecei a brincar com as ''frescas''. Enfim, realmente a minha vida toda (esses quinze anos) eu sempre gostei mais de coisas de meninos do que de meninas, nunca gostei de rosa, por exemplo, mas usava sim - só até os oito/nove anos-, pois eu sempre ganhava de presente de minhas madrinhas. Eu era uma boa atriz fingindo que havia gostado.

Isso mostra também, que não existem esses negócios de ''isso é de menino'' e ''isso é de menina'', estamos em um país livre, certo? Então. Creio que a sociedade é que desenvolve esses padrões e faz com que isso se torne uma regra, você é simplesmente obrigado a segui-las, e se sair dos ''padrões'', já é a estranha da turma. Eu era a estranha da turma, e se me importava? Não. Realmente, eu nunca, nem quando criança, me importava com a opinião dos outros, e isso mudou ainda mais, depois que conheci três pessoas, chamadas Mark, Tom e Travis, que logo se tornaram minha inspiração, é por isso que sou assim. E nunca vou mudar, porque nunca me importei com o que os outros pensam. Why do we need to be like them?

Só que, infelizmente, existem muitas pessoas que se importam, então se você é assim, tente pegar alguém que você gosta de verdade, e se inspire nela (se inspirar no modo como ela ''ignora'' os outros, não ser que nem ela, pois senão você não estará sendo você mesma). Realmente, faz toda a diferença quando você simplesmente diz foda-se para a opinião dos outros e segue sua vida, do jeito que você quer, como você realmente é. 

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